Foto retirada da Internet |
Por “links idiotas” quero dizer links na internet que não
fazem nada a não ser dar um tapinha na nossa curiosidade involuntária. Eles
fazem pouco por nós porque têm pouco a oferecer. Nós clicamos, lemos,
assistimos, e frequentemente nos sentimos mais burros por isso.
Tais links clamorosos bagunçam a internet, oferecendo
fofocas de celebridades, histórias bizarras de crimes, vídeos violentos e
imagens sexuais — cada link pedindo pouco mais que um clique (que pedido
trivial).
Então quão sutis são esses links? Enquanto escrevo, a página
inicial da CNN realça sete títulos com links como “Top Histórias”:
* Prefeito que fuma crack não renunciará
* O marido empurrado estava com os olhos vendados?
* Mulher morta em ataque de pumas
* Citações erradas alimentam os ataques de Tom Cruise
* Cervo perfurado na fronte por flecha
* Adivinhe quem está usando jeans skinny de novo
* Astronautas lavam suas cuecas?
A atração magnética que às vezes sentimos por manchetes como
essas precedem a internet e o noticiário da noite. Essa foi uma preocupação
abordada pelo pai da igreja Agostinho, nascido em 13 de novembro de 354 A.D.
(mais de 1.600 anos atrás).
Agostinho e as Curiosidades Inúteis
Agostinho refletiu sobre as tentações que turvavam e
distraíam seu próprio coração em seu clássico da história da igreja, As
Confissões.
Lá ele edificou o precedente bíblico em 1 João 2.16: “Tudo
que há no mundo — a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a
soberba da vida — não procede do Pai, mas procede do mundo”.
A expressão “a concupiscência dos olhos”, Agostinho
interpreta como curiosidades inúteis. Tais curiosidades inúteis não são
limitadas ao visual, mas envolvem impulsos de todos os cinco sentidos.
(...)
O Problema com o Lixo Inútil
Retornando ao nosso próprio tempo, eis aqui o problema: as
curiosidades inúteis são pensamentos abortados. Vãs curiosidades são, por
definição, deslocadas de Deus e impotentes para apontar para Cristo. Elas
enchem nossos cérebros e corações com lixo perturbador temporal. “Quando nosso
coração se torna uma lixeira para coisas como essa, cheia de uma carga de lixo
inútil, nossas orações são frequentemente interrompidas e perturbadas por
elas”.
Pior, tais links vãos reúnem um histórico de navegação que
pode revelar algo trágico sobre a condição de nossa alma. Chafurdar em tal “curiosidade
venenosa”, escreve Agostinho, reflete “os impulsos de uma alma que está morta,
embora não morta de maneira a não se movimentar. Ela morre por abandonar a
fonte da vida (Jeremias 2.13)”.
O Ponto Chave
Nada trivial escapa a atenção de Deus (Mateus 12.36). Mas é
pecado curtir três minutos de um vídeo engraçado no YouTube ou novos clipes ou
os feitos de homens audaciosos que você clicou através do Twitter? Talvez sim,
talvez não. Depende de para onde tais vídeos levam seus pensamentos, e quais
pensamentos o levaram até lá, para começar.
Há uma curiosidade inútil atraída à vaidade e ao vazio, e há
uma curiosidade santificada atraída por todas as coisas que levam à beleza de
Deus. Essa possibilidade é apresentada a nós em cada link.
Então Agostinho emerge da história para nos fazer três
perguntas sobre nosso histórico de navegação:
* Estou buscando links que me oferecem um caminho promissor
para ver mais da beleza de Deus?
* Ou, meu hábito de clicar em links é não regulado, impelido
por algum capricho interior, e terminando em nada mais que minha vã
curiosidade?
* Ou, o mais trágico de todos, os links que eu clico são, na
verdade, apenas uma série de pequenos buracos na rua cheios de água dos quais espero beber uma pequena
gratificação para minha alma vazia?
Muitas coisas estão em jogo com o mouse ou o smartphone na
mão. Que neste dia Deus possa nos dar seus recursos espirituais para que não
deixemos de lado questões tão importantes nas nossas vidas diárias que parecem
tão mundanas.
Fonte: Voltemos ao Evangelho
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